30/01 – Índice de Confiança do Consumidor cai em janeiro

Após registrar em dezembro o maior nível de confiança desde fevereiro de 2015, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) voltou a cair em janeiro, segundo dados da FecomercioSP divulgados pela Associação Comercial e Empresarial de Amparo (ACEA). Na comparação com janeiro do ano passado, houve alta de 14,8% em 2017.

Após cinco altas consecutivas, o Índice das Condições Econômicas Atuais (ICEA), um dos itens componentes do ICC, recuou 6,1% ao passar de 72,6 em dezembro para 68,2 pontos em janeiro. A escala de pontuação varia de 0 (pessimismo total) a 200 (otimismo total).

Em relação a janeiro do ano passado, houve alta de 13,2%, a décima alta consecutiva.

De acordo com economistas da FecomercioSP, com as recentes mudanças nos quadros político e econômico, há uma atmosfera mais positiva do que existia há um ano. “O resultado da pesquisa mostra, ainda, um consumidor insatisfeito com o quadro socioeconômico do presente e uma insegurança com relação ao futuro”, afirma a nota. “A situação do presente acaba refletindo também nas expectativas futuras, já que as famílias seguem receosas em relação ao mercado de trabalho”, conclui.

Ainda de acordo com análise da FecomercioSP, o consumidor inicia o ano com as mesmas preocupações vividas ao longo do ano passado, orçamento apertado por ganhos de renda mais modestos em virtude do aumento real do custo de vida, causado pela alta dos juros e preços e pela incerteza em relação a seu emprego no futuro.

Apesar na desconfiança com a situação atual, os consumidores se mostraram otimistas neste início do ano, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em janeiro, o Índice Nacional de Expectativa de Consumo (INEC) atingiu 103,8 pontos, um aumento de 3,5% em relação a dezembro e 5,3% na comparação com janeiro do ano passado. Ainda assim, o indicador está 4,5% abaixo da média histórica.

A maioria dos índices que compõem o INEC registra crescimento na comparação mensal. “A principal razão da melhora do índice está no maior otimismo dos consumidores em relação à evolução futura do emprego, dos preços e da renda”, afirma a ACEA. Também há uma previsão de melhora em relação à situação financeira (+2,7% na comparação com dezembro) e ao endividamento (+3,5%). O único item que foi o de compra de bens de maior valor, que recuou 2,6% em relação a dezembro e 4,5% na comparação com janeiro.

“As compras de maior valor exigem financiamentos e, consequentemente, um comprometimento de parte da renda por mais tempo. Por isso, a disposição dos consumidores vai melhorar na medida em que os consumidores se sentirem mais seguros com relação ao emprego e com as condições financeiras” afirma a entidade.



Outras notícias