Congresso CACB – ACEA marcou presença

A ACEA marcou presença no 22º Congresso CACB, realizado em Belém, Pará, nos dias 03, 04 e 05 de setembro.
O congresso foi o primeiro (da categoria) realizado no Norte do país.
“Não basta identificar os problemas. É preciso ajudar, apontando os caminhos e é isso que queremos fazer nesse Congresso”, afirmou o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, na abertura do 22º Congresso da Confederação das Associações Comerciais do Brasil, no dia 4 de setembro, em Belém. No palco do Teatro da Paz, um dos mais tradicionais do Brasil, e um dos ícones da história da capital do Pará, o presidente da CACB defendeu, diante de uma plateia com mais de 700 empreendedores de todo País, a necessidade de avançar, ainda mais, com mudanças nos diversos setores da vida brasileira. Mais adiante, Cairoli destacou as medidas que estão sendo promovidas pelo governo federal em busca da competitividade. E acrescentou: “A agenda econômica adotada pela presidente Dilma Rousseff reduz, sutilmente, o espaço para o debate ideológico e demagógico e suas decisões têm sido tomadas com base nos critérios objetivos de eficácia”, enfatizou.

Presente na abertura do Congresso, o ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, afirmou que o governo pensa em simplificar as leis trabalhistas e informou que vai solicitar ao BNDES, linhas de crédito aos micro e pequenos empresários, “os verdadeiros protagonistas da geração de emprego”. Brizola Neto disse ainda que é preciso também resgatar a dívida com o povo brasileiro investindo mais em educação.
Para promover a integração empresarial, o 22º Congresso da CACB focou o tema Brasil de Resultados, proposto com o intuito de refletir sobre as reformas que o País precisa para avançar, juntamente com o papel do empreendedor e das pequenas e micro empresas no crescimento do mercado brasileiro.
Já, em uma das palestras mais comentadas, o publicitário e palestrante Dado Schneider defendeu que o comportamento individual não deve ficar no século XX. É preciso se transportar para uma nova dimensão – mais ágil e com maiores metas, em todos os segmentos da vida empresarial e pessoal. O palestrante, que falou sobre a geração Z, antecipou as mudanças no cenário profissional e no comportamento empreendedor do país. “Eles estão sendo criados para serem empreendedores, e não empregados como nós”, reforça.
O palestrante esboçou um desenho do novo modelo do século XXI de relação entre cliente e vendedor no qual, diferente do modelo predominante nos anos 90, há um excesso de opções de serviços semelhante, consumidores mais exigentes e sem vínculos de fidelidade com a loja ou prestadora de serviços. “O cliente vai querer mais e por um preço menor”, reforça.

Schneider destacau 10 mandamentos para a adaptação aos novos tempos:
1º Acorde mais cedo que a média, em busca de novas informações;
2º Leia mais do que a média, sempre se reciclando;
3º Conheça mais o seu cliente;
4º Conheça mais o seu concorrente;
5º Observe e respeite as tendências (sem preconceitos);
6º Reflita e aprenda com os erros (seus e dos outros);
7º Oriente, informe e motive sua equipe, sempre;
8º Trabalhe (sempre) mais do que a media;
9º Goste mais do que está fazendo hoje;
10º Busque a felicidade no trabalho de forma ética.

O que falta para o Brasil sustentar seu crescimento? A pergunta foi tema para a palestra ministrada pela Jornalista Carolina Bahia, Ela enfatizou os entraves políticos e econômicos que atrasam o país, entre eles a alta carga tributária, que compromete a possibilidade de aumento da competitividade em todos os setores, como indústria e comércio; infraestrutura deficitária, (estradas, portos, ferrovias e aeroportos); alto custo da maquina pública, com excesso de pessoas e pouca qualificação na produção de projetos, por exemplo.
Além disso, a palestrante destacou também as ações que o Governo Federal tem feito e pretende fazer em prol do crescimento. Entre as novidades está um plano para a redução de custo da energia, que deve ser lançado pela presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, com objetivo de fazer com que a energia chegue mais barata ao consumidor final em até 10%.

No encerramento, o presidente José Paulo Dornelles Cairoli, leu o documento final produzido durante o encontro, a chamada Carta de Belém, que será entregue à presidenta Dilma Rousseff. Os empresários sugerem que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) crie uma linha de crédito às micro e pequenas empresas para investimentos e capital de giro. Para tanto, a CACB já recebeu o apoio do ministro do Trabalho e Emprego, Brizola Neto, que participou do evento e disse que vai ajudar na proposição. A Carta sugere também a simplificação e modernização das leis trabalhistas para permitir o ingresso vigoroso de empreendedores à formalidade e reduzir o Custo Brasil além do combater a pirataria. Assinada pelos presidentes de 23 Federações Empresariais presentes no Congresso, a Carta de Belém enumera sete proposições em duas laudas.

Salientando que o País vive um cenário de desaceleração da atividade econômica e que as recentes medidas adotadas pelo governo federal não parecem suficientes para uma retomada vigorosa e consistente do crescimento econômico e controle da inflação em patamares mais baixos. Os congressistas consideram que é preciso avançar para chegar a um ciclo de desenvolvimento sólido. Na agenda de mudanças necessárias, a Carta de Belém inclui o controle dos gastos públicos e a redução gradual da carga tributária levando à redução da taxa de juros.

Os participantes do Congresso também consideram que é importante direcionar os investimentos públicos com prioridade absoluta para a recuperação da infraestrutura e com adoção de parcerias público-privadas. Para elevar os ganhos de produtividade, o presidente da CACB, José Paulo Dornelles Cairoli, afirma que é preciso destinar uma parcela maior dos gastos à educação e adotar medidas de estímulo à inovação.



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