Coluna M. Mazza – O comportamento do consumidor e a guerra das marcas

Olá.
Para entender como as marcas e as grifes de sucesso influenciam na decisão de compra é fundamental que o empreendedor compreenda o comportamento do consumidor em relação a produtos e serviços que sua empresa oferece. Segundo Everardo Rocha “o consumo é um sistema simbólico que articula coisas e seres humanos e, como tal, uma forma privilegiada de ler o mundo que nos cerca.” Através do consumo nos posicionamos, nos mostramos para os outros e essa cultura expressa princípios, estilos de vida, ideais, categorias, identidades sociais e projetos coletivos. O consumo é um sinalizador das classificações sociais que regulam as visões de mundo e, talvez, nenhum outro fenômeno espelhe com tanta adequação um certo espírito do tempo – face definitiva de nossa época (ROCHA, 1985).
A comunicação de marketing viabiliza que sua mensagem chegue ao consumidor mostrando a empresa fornecedora para o mesmo, porque um produto/serviço que não se expõe, mesmo sendo excelente, não é conhecido do grande público, portanto, não é rentável.
A função do marketing é fazer algo ou alguém ser conhecido e aceito em larga escala, pode ser um produto, um serviço, um ator, um político ou qualquer outra coisa/pessoa/profissão. Votamos em quem nos parece mais apresentável e venha com as melhores propostas sociais (como já relatado nesse fórum, o exemplo do Presidente Lula, um produto que foi claramente melhorado para agradar às classes superiores, com terno informal, novo corte de barba e cabelos, exercícios de oratória e dicção, novos trejeitos, mais suaves, sem a gritaria e o nervosismo do antigo discurso de sindicalista), compramos o que nos parece belo e útil (a troca de um Smartphone por um Iphone ou um Tablet com mais funcionalidades, mais caros, mais bonitos, símbolos de conectividade (e porque não?) e de sucesso), escolhemos prestadores de serviços baseados em seu slogan (o melhor preço da região para um fornecedor de pizza ou do gás de cozinha).
Após a metade do século XX o mundo sofreu grandes mudanças sócio-econômico-culturais e isso despertou o consumismo nas pessoas. As guerras trouxeram morte, fome e ameaças, mas trouxeram consigo avanços tecnológicos e produtos antes desconhecidos (minha mamãe sempre me contava que sua família no interior de SP conheceu leite condensado trazido pelos pracinhas que foram à guerra na Itália e voltaram para o Brasil com algumas “novidades”, e isso gerou a procura pelo produto entre as pessoas daquela região de SP, pois o leite natural estava em falta e as mães pediam para os maridos que fossem para ”à cidade” para comprar leite condensado, para poder diluí-lo em água e assim amamentar seus filhos pequenos).
O chiclete entrou no Brasil pelo Rio Grande do Norte, pois na 1º Guerra Mundial os norte-americanos descobriram que o Litoral do RN/Natal é o melhor e mais completo local de defesa e para montar uma base militar no mundo inteiro e instalaram-se por lá, trazendo na bagagem calças jeans, cigarros mentolados, leite em pó, leite condensado e chicletes, produtos até então desconhecidos dos brasileiros.
Isso automaticamente despertou o desejo de consumo, o outro tem, porque eu não posso ter também?
Empresário, esteja atento às necessidades dos consumidores e faça um marketing que “desperte o desejo” nos seus clientes.
Bons negócios e até a próxima.
Forte abraço.

FONTE: http://www.portaldomarketing.com.br



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