Mãe-Símbolo 2013

A mais nova Mãe-Símbolo Amparense foi oficialmente coroada na noite de 14 de maio, na sede do Lions Clube de Amparo.
Com a presença de seus familiares, a sra. Célia Bueno da Silva Mantovani, recebeu a faixa diretamente das mãos da sra. Zulmira Rapagna (Mãe-Símbolo 2012), num momento regado a muita emoção, lágrimas, aplausos e carinhos.
Pela primeira vez a ação promovida pela ACEA foi televisionada, contando com a parceria do programa ApêTV. A veiculação irá ao ar no dia 25 de maio (sábado), às 09h30 no SBT.
Estiveram presentes leões, domadoras, autoridades do Lions Clube de Amparo, bem como o presidente da ACEA Nelson Bolsonaro e os colaboradores da entidade, Raquel Negri (Gerente Administrativa), Karine Gallo (Coordenadora de Vendas), Juliana Cursino (SRC), Anderson Scalvi (Consultor Comercial) e Sílvia Estacioni (Serviços Gerais).
Na ocasião também foi coroada também a Mãe-Símbolo do Lions Clube de Amparo, Dirce Carrara Castan.
O evento ocorre desde o ano de 1974, sendo uma tradicional comemoração da ACEA.
Desejado por muitas mães a escolha da Mãe Símbolo reflete uma homenagem a todas as mães amparenses, representadas por aquela que é escolhida dentre as inscritas para o Título.
A homenageada deste ano, Célia Bueno da Silva Mantovani, nasceu em Mogi Mirim, mas vive em Amparo desde seu 1º ano de vida.
Célia é filha de José da Silva Bueno e Virgínia Garcia Silva Bueno, sendo a caçula de 7 filhos que o casal teve.
A eleição de Célia como Mãe-Símbolo 2013 corresponde à 39ª Mãe-Símbolo Amparense.
A eleita receberá diversas homenagens, que serão iniciadas neste domingo, Dia das Mães, com um culto em sua homenagem, na Igreja Presbiteriana Independente de Amparo, localizada à Avenida Prefeito Raul de Oliveira Fagundes, nº 391, às 19h e todos estão convidados.
Já na próxima terça-feira (14), será realizado jantar no Lions Clube de Amparo, local no qual a sra. Célia receberá diversas homenagens e seu novo titulo será oficializado.
A ACEA agradece a todos as cartas inscritas e pede que no próximo ano as inscrevam novamente. O evento tem o apoio de: Programa ApêTV, Vera Móveis, Universo Contabilidade, Martinelli Imports, Panizza Móveis, Good Frango, Pernambucanas, Jornal A Tribuna, Jornal Gazeta Amparense, Floricultura Arte Fiore, Dagmar News e Lions Clube de Amparo.
A carta foi inscrita pelo Reverendo Julio Arthur Marques Nepomuceno, sob prévio consentimento do filho da homenageada, Celso Hermógenes Bueno da Silva Mantovani.

Confira:

D. Célia Bueno da Silva Mantovani nasceu em Mogi Mirim, em 1º de fevereiro de 1923, filha de José da Silva Bueno e de Virgínia Garcia Silva Bueno, caçula em um lar com 7 filhos, sendo 5 mulheres e 2 homens. Desde tenra idade, teve o privilégio de conhecer as delícias de um lar acolhedor, solidário, religioso e, sobretudo feliz.
Com menos de um ano de vida veio para Amparo, cidade que adotaria como sua.
Realizou seus estudos primários no Grupo Escolar Rangel Pestana, e o ginasial no Colégio Nossa Senhora do Amparo. Posteriormente, ingressou no curso Normal, também no Colégio Nossa Senhora do Amparo, e depois de formada, foi para Campinas, onde cursou Pedagogia na Pontifícia Universidade Católica daquela cidade.
Iniciou sua vida profissional lecionando para o primário, em várias cidades do Estado de São Paulo: Presidente Prudente, Quatá, Suzano, Estiva, Mostardas (distrito da vizinha cidade de Monte Alegre do Sul), até conseguir sua remoção para o município de Amparo, onde lecionou na Escola da Fazenda São Bento durante 25 anos. Não quis mais sair de lá, mesmo tendo oportunidade de pedir remoção para alguma escola na área urbana, mais próxima de sua residência. Seu coração estava na humilde escola da Fazenda São Bento, que como ela dizia, era “acolhedora e feliz”, e onde se dedicou aos seus alunos em uma classe multisseriada (1ª , 2ª e 3ª séries). Foi uma pioneira na educação de alunos com necessidades especiais, em um tempo em que esse tema não era sequer considerado. Na falta de material pedagógico especial para esses alunos, respondeu com o amor pelas crianças que precisavam ainda mais dos cuidados da mestra.
Em 19 de março de 1955, casou-se com Leonel Mantovani, mais conhecido como Nello, e dessa união, nasceu o filho Celso Bueno Mantovani, casado com Maria Aparecida Mantovani, que são os pais de Lucas, o amado neto de D. Célia.
Nello Mantovani, o “Cavalheiro”, como era chamado, era muito querido em Amparo. Conduziu durante 46 anos uma campanha por ocasião das festividades natalinas, arrecadando donativos para entidades assistenciais da cidade. Após o falecimento do Nello, em 27 de outubro de 1983, D. Célia continuou a campanha a partir daquele mesmo ano, sendo a arrecadação distribuída entre quatro entidades assistenciais: Creche Santa Rita de Cássia, Creche São Cristóvão, Educandário Nossa Senhora do Amparo e Serviço Espírita de Proteção à Infância (SEPI). D. Célia, sendo fervorosa cristã do ramo protestante, sempre viveu de forma ecumênica e respeitosa com pessoas de outras crenças religiosas, como comprovam as entidades beneficiadas com a campanha que dirigiu durante mais de três décadas.
Membro atuante da Igreja Presbiteriana Independente de Amparo, foi professora de Escola Dominical, tesoureira, além de trabalhar em vários departamentos e de todas as formas para a sua amada Igreja, na qual está “desde que nasceu”, como ela gosta de dizer.
Em 2 de abril de 1964, D. Célia foi ordenada Diaconisa da Igreja local, tendo sido uma das primeiras em todo o Brasil, depois que o Supremo Concílio da Igreja autorizou a ordenação de mulheres para o diaconato. Em 25 de março de 2007, recebeu a Emerência Diaconal na Igreja Presbiteriana Independente de Amparo, pelos relevantes serviços prestados, em Culto solene dirigido pelo autor destas linhas, sendo pregador o Reverendo Márcio Miranda de Oliveira. A emerência diaconal é um título concedido aos oficiais da Igreja que tenham se destacado pelo tempo de serviço prestado e pelo desempenho nas funções de seu ofício.
D. Célia é uma mulher feliz. Nasceu em um lar acolhedor, cristão, unido, onde cresceu cercada de carinho. Realizou seus estudos em escolas que a prepararam para exercer o seu ofício, e guarda as melhores recordações de seus professores. Depois de formada, foi professora por 30 anos, seguindo a filosofia que se encontra em uma pequena placa de madeira, afixada na parede de sua casa: “A mestra é uma vela que se consome iluminando”. Dedicou-se aos seus alunos com o afinco daqueles que sabem que têm uma missão a cumprir. Foi uma pioneira na Educação Inclusiva, hoje tão falada e bem-vinda, mas em sua época, desconhecida para a grande maioria. Como profissional D. Célia fez do seu dever o seu prazer. Em sua vida pessoal, também guarda as melhores recordações. Casou-se com o homem que amava, o “Cavalheiro” Nello, como a ele se refere carinhosamente. Seu filho Celso é um cidadão e profissional respeitado, Delegado da Polícia Federal. Sua nora, Maria Aparecida Avancini, é professora na Rede Estadual de Ensino. E o neto Lucas dá prosseguimento aos seus estudos, seguindo o exemplo dos pais e avós.
Em 2009, D. Célia publicou o livro “Revendo Minhas Memórias”, que teve sua edição esgotada em poucas semanas. Leitura deliciosa! Trata-se de uma autobiografia, onde D. Célia conta as histórias de sua família, formação acadêmica e vida profissional.
Mas a sua alegria está sobretudo em Deus, a quem ela se refere como sendo “o Deus dos Impossíveis”. Na Igreja, sempre recita dois versículos do texto sagrado: “Tudo posso naquele que me fortalece”, ” porque até aqui me ajudou o Senhor”.
Teve um único filho, mas de dedicou aos seus alunos como se fossem também seus filhos. Teve idêntica preocupação com os alunos das instituições para as quais enviava o fruto da arrecadação das campanhas de Natal, iniciadas pelo saudoso Nello Mantovani, e agora suspensas, devido à sua idade.
Quando cheguei em Amparo, em março de 1973, fui recebido na porta do templo da Igreja Presbiteriana Independente local pela D. Célia, que me fez adentrar e me sentir em casa. Hoje, pastor da Igreja, afirmo que ela é merecedora da homenagem, e para tanto, faço a sua apresentação do seu nome para a Associação Comercial e Empresarial de Amparo, entidade que promove o concurso Mãe/Símbolo desde 1974, prestando merecida homenagem à mulher amparense.